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Cientista da UFFS desenvolve tecnologia inovadora para detecção rápida e acessível do câncer

Foto do escritor: Tiago A. da CruzTiago A. da Cruz


Na foto, Gisele Louro Peres está em um laboratório, vestindo um jaleco branco, luvas azuis e óculos de grau. Ela segura uma placa de Petri com uma amostra do biossensor em estudo.
Na foto, Gisele Louro Peres está em um laboratório, vestindo um jaleco branco, luvas azuis e óculos de grau. Ela segura uma placa de Petri com uma amostra do biossensor em estudo. (Foto: Divulgação/UFFS).

A detecção precoce do câncer pode salvar vidas, e um estudo inovador da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) pode revolucionar esse processo. A professora Gisele Louro Peres, do campus de Laranjeiras do Sul, está à frente de uma pesquisa que busca desenvolver biossensores para identificação rápida e não invasiva da doença.

A tecnologia utiliza nanocarregadores que emitem luz no infravermelho próximo (NIR), contando com o azul egípcio como agente de imagem. Esse método apresenta vantagens significativas sobre as técnicas convencionais, como exames de imagem e bópsias, oferecendo uma alternativa mais acessível, sensível e menos invasiva. Além disso, permite a obtenção de imagens de alta resolução, facilitando o diagnóstico precoce de tipos de câncer como os de mama, ovário, pâncreas e cólon.

Atualmente, a pesquisa encontra-se na fase de síntese, encapsulamento e caracterização laboratorial dos biossensores. A próxima etapa envolverá modificação dos nanocarregadores com fragmentos de proteínas (peptídeos) capazes de identificar células cancerígenas. No entanto, para avançar nesse processo, é essencial contar com financiamento e parcerias.

Outro destaque da pesquisa é sua abordagem sustentável. O estudo incorpora solventes eutéticos profundos (DES), que aumentam a fluorescência do material e reduzem impactos ambientais ao substituir solventes orgânicos convencionais.

A professora Gisele desenvolveu parte da pesquisa durante seu pós-doutorado na Universidade de Aveiro, em Portugal, no renomado Laboratório Associado CICECO. Seu trabalho foi viabilizado pelo edital Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, promovido pelo CNPq e pelo Ministério da Igualdade Racial, que apoia cientistas negras, indígenas, ciganas e quilombolas.

Além do desenvolvimento dos biossensores, o projeto também prevê a produção de um minidocumentário sobre Beatriz Nascimento e materiais didáticos sobre nanociência e nanotecnologia, buscando aproximar a ciência da população e contribuir para a formação de professores.

A pesquisa representa um passo significativo para a inovação na saúde e reforça a importância da ciência na melhoria da qualidade de vida. A expectativa é que, com o avanço das investigações e apoio adequado, essa tecnologia possa estar disponível para uso clínico nos próximos anos.

Com informações da Assessoria de Imprensa da UFFS.

Fonte: UFFS

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